Uma pesquisa realizada na UnB confirma que a castanha do
baru, fruto comum no Centro-Oeste, contém substâncias capazes de combater
inflamações e fortalecer o sistema imunológico. Também conhecido como sumaru,
barujó, castanha-de-burro, coco-feijão, cumbary, meriparagé e castanha-de-ferro,
o baru costuma aparecer nas matas do cerrado em dezembro, e sua castanha tem alto
potencial antioxidante, uma arma poderosa contra processos inflamatórios e doenças
crônicas e degenerativas.
Os fitoquímicos presentes na leguminosa, aponta a pesquisa,
controlam os radicais livres que causam problemas como a hipertensão e a artrite,
além de doenças
como o câncer e o diabetes. A castanha do baru também é rica
em ômegas 3, 6 e 9, e tem alta taxa de ácidos graxos insaturados.
O grande trunfo do baru, porém, está em seus oito compostos
fenólicos: as substâncias, como a catequina e os ácidos gálico e elágico, têm
poderes anti-inflamatórios e antivirais, e estão presentes em peso na semente
do fruto. A ingestão diária de 50g da amêndoa torrada com a casca é suficiente para
causar efeitos positivos na saúde (mas é necessário lembrar que essa porção também
tem 250kcal).
A variação e a riqueza de compostos bioativos são
resultado do mecanismo de defesa do baru. Como o fruto cresce no ambiente rígido
do cerrado,ele desenvolveu uma composição
que o faz resistir a lesões e à falta de água por longos períodos de tempo.
Essa resistência às condições adversas também deu ao núcleo do baru uma grande quantidade
de antocianinas e tocoferóis, que evitam a produção de radicais livres e
melhoram a circulação sanguínea. Essas características reforçam a crença
popular, que já associava o baru ao tratamento do reumatismo e à regulação do
período menstrual.
Fonte: Jornal Estado de Minas
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